Novo vidro deixa passar a luz e bloqueia o calor


Vidro capaz de bloquear o calor apenas quando a temperatura sobe acima de um nível de conforto

Imagine ficar dentro do seu carro, ou no escritório, receber toda a luz que vem de fora mas sem ser incomodado pelo calor. Pois foi exatamente isto que os cientistas da Universidade de Londres, Inglaterra, conseguiram fazer, criando um novo revestimento para vidros que bloqueia o calor, mas não a luz.
Uma das grandes vantagens do novo revestimento, que é feito a partir de um derivado do dióxido de vanádio, é sua capacidade de bloquear o calor apenas quando a temperatura sobe acima de um nível de conforto, permitindo que os ocupantes dos prédios e os motoristas beneficiem-se do calor solar em épocas de frio.
Ao contrário das coberturas de vidro atuais, que bloqueiam calor e luz, o novo revestimento permite a passagem dos comprimentos de onda da luz visível, mas reflete a luz infravermelha quando a temperatura sobe acima de 29º C. A radiação infravermelha causa aquecimento, de forma que o bloqueio desses comprimentos de onda mantém o calor do lado de fora.
As propriedades do dióxido de vanádio são baseadas em sua capacidade de alternar entre as características de um metal e de um semicondutor. A alteração entre a reflexão e a absorção de calor é acompanhada por uma pequena mudança na estrutura do material, que sofre uma alteração no arranjo dos elétrons.
As ligações vanádio-vanádio são estáveis abaixo da temperatura de transição, travando os elétrons e impedindo a condução. Acima da temperatura de transição, essas ligações vanádio-vanádio se quebram e os elétrons ficam livres para conduzir eletricidade, o que dá ao material o comportamento de um metal.
O grande problema é que esta temperatura de transição é normalmente de cerca de 70º C. Tentativas anteriores de baixá-la utilizavam a dopagem do dióxido de vanádio com pequenas doses de elementos como tungstênio, molibdênio, nióbio e flúor. Embora possível de ser feita em laboratório, a dopagem não resultava até agora em um processo industrial que pudesse ser adaptado de forma economicamente viável.
Os engenheiros ingleses conseguiram fabricar o novo revestimento, com uma porcentagem ótima de 1,9% de tungstênio, por meio de um processo chamado APCVD ("Atmospheric Pressure Chemical Vapour Deposition"), que é largamente utilizado pela indústria e que permite que o material seja depositado no vidro em seu processo normal de fabricação, o que barateia o processo.
"Inovações tecnológicas, como um revestimento inteligente para janelas, realmente abrem as portas para projetos mais criativos. A atual tendência rumo à utilização extensiva de vidros em construções representa um dilema para os arquitetos. Eles pintam os vidros, o que reduz o benefício da luz natural, ou se deparam com contas de ar-condicionado gigantescas," comenta o professor Ivan Parkin, um dos autores do artigo que acaba de ser publicado no Journal of Materials Chemistry.
Antes de chegar ao mercado, o novo revestimento deverá passar por um período de testes onde será avaliada sua resistência e durabilidade. Além disso, os cientistas esperam conseguir produzí-lo em cores mais discretas: até agora todo o material produzido é verde ou amarelo.
Fonte: Inovação Tecnologica

O Substrato


Entende-se por substrato a superfície onde é instalado diretamente o espelho. O substrato deve apresentar as seguintes características:
A) Deve ser plano, para não permitir distorção ótica.
B) Deve possuir isolamento contra umidade.
C) Deve ter resistência suficiente para suportar o espelho.
D) Nunca instalar espelhos em paredes de concreto ou reboco frescas. Esperar no mínimo 2 semanas para a cura da superfície.
E) Nunca utilizar materiais que absorvam umidade, como madeiras, cortiça, flanela, jornal, mantas de polietileno, dentre outros.
F) Não instalar espelhos em paredes que contenham coluna de água quente.

A Instalação de espelhos

Características de uma boa instalação:
A Instalação Espelhos com bordas expostas devem ser necessariamente lapidados e filetados.
A Instalação Entre o espelho e o substrato deve existir uma folga de no mínimo 3 mm para permitir a circulação de ar.
A Instalação Quando mais de um espelho for instalado em uma mesma superfície, deve-se assegurar que exista uma folga entre as bordas de um e do outro espelho.
A Instalação A superfície onde for instalado o espelho deve estar limpa, seca, completamente livre de umidade, substâncias ácidas ou alcalinas e qualquer outro material agressivo.
A Instalação Não é recomendado o uso de iluminação tipo spot direcionado diretamente para o espelho, pois gera muito calor e pode deteriorar a camada de prata ou até mesmo trincar o espelho.
A Instalação Espelhos instalados em saunas, banheiros, piscinas ou qualquer outro ambiente com alto índice de umidade ou atmosfera corrosiva são propensos à oxidação.
A Instalação Espelhos com dimensões superiores à 1 m2 não devem ser fixados de maneira que todo o peso seja suportado pelas bordas, evitando o empenamento e, distorção ótica.
A Instalação Quando o espelho for colado ao substrato, o mesmo deve ter sua planicidade assegurada, evitando distorções.

Instalações Químicas Recomendadas


A recomelação Silicone de cura neutra, base alcoxi.
A recomelação Adesivo elastomérico base d'água.
A recomelação Fita dupla face isenta de solventes.
A recomelação Mista: fita dupla face isenta de solventes e silicone cura neutra ou fita dupla face e adesivo elastomérico base d'água.

Instalações Químicas não Recomendadas


A naoRecomelação Qualquer cola que contenha solventes orgânicos ou componentes ácidos (cola de sapateiro, cola de carpete, cola de fórmica etc.).
A naoRecomelação Fitas dupla face que contenham solventes orgânicos.
A naoRecomelação Adesivos não elastoméricos como cola branca e cola epóxi.
A naoRecomelação Silicone de cura acética (com odor de vinagre).

Fixação de espelhos-instalação química


Este é o procedimento de instalação mais crítico para o espelho, pois facilita a transferência de umidade do substrato para o espelho, possibilita o aparecimento de manchas de oxidação.
A quimicalação Alguns pontos devem ser observados.

Todos os adesivos devem ser aplicados em filetes, na vertical, nunca na horizontal, permitindo assim o fluxo de ar de baixo para cima e evitando o acúmulo de umidade no verso do espelho.
A quimicalação Deve ser garantido um vão livre de no mínimo 3 mm entre o substrato e o espelho, para assegurar uma boa ventilação.
A quimicalação Não são recomendadas instalações químicas no teto.
A quimicalação É muito importante a limpeza do substrato antes de qualquer instalação química, pois impurezas podem prejudicar uma perfeita adesão.

Para esta limpeza, utilizar somente água ou álcool isopropílico.
A quimicalação Consultar o fabricante para definir a quantidade, distância e largura dos filetes que serão utilizados.

Fixação de espelhos-instalação mecânica


Instalações mecânicas são aquelas que utilizam elementos puramente mecânicos para a fixação dos espelhos.
É responsabilidade do projetista a correta especificação dimensional do espelho para cada aplicação, inclusive sua espessura.

Aparafusamento

A Instalação Utilizar arruelas ou espaçadores plásticos em ambos os lados do espelho, para evitar o esforço localizado excessivo e assegurar o espaçamento mínimo de 3 mm entre o espelho e o substrato, para a circulação de ar.
A Instalação O aperto final deve ser feito apenas no final, e sempre pelas diagonais das peças, reduzindo os riscos de quebras e deformação na imagem.
A Instalação Deve-se evitar o contato direto entre os parafusos de fixação e a superfície do espelho, minimizando os riscos de quebra e oxidação na área de contato. Uma solução é utilizar espaçadores.

Botão Francês

A Instalação O número de botões a serem utilizados deve ser proporcional às dimensões da peça.
A Instalação Deve-se utilizar apoio de borracha ou de plástico, evitando o contato direto do metal com o espelho.
A Instalação Usar fita veda rosca ou silicone neutro para evitar que peças metálicas tenham contato direto com o espelho.
A Instalação Atenção especial deve ser dada à instalação de espelhos com bisotê, pois este processo diminui a espessura da borda, fragilizando-a. Recomenda-se a utilização de película de segurança no costado do espelho para este tipo de instalação.

Presilhas ou Garras

A Instalação O número de presilhas ou garras a serem utilizados deve ser proporcional às dimensões da peça.
A Instalação Deve-se utilizar apoio de borracha ou de plástico, evitando o contato direto do metal com o espelho.
A Instalação Deve-se assegurar um espaço de 3 mm, no mínimo, entre o substrato e o espelho, de forma a garantir a circulação de ar e a saída da umidade.
A Instalação Procure utilizar molduras e elementos de fixação que não absorvam umidade.

Em caso de molduras metálicas, usar espaçadores macios para evitar o contato direto do espelho com a moldura.

Os espelhos devem estar encaixados, pelo menos, 5 mm na moldura, em todas as suas arestas.

Para instalações em ambientes úmidos, as partes horizontais das molduras devem ser vazadas, para evitar o acúmulo de umidade.

Evite utilizar elementos de fixação que possam causar danos à superfície ou arestas do espelho.

Desafio da fita -Colagem de espelhos

Depois de muita discussão e polêmica sobre o sistema mais adequado para colagem de espelhos em paredes, a comerciante paulista de acessórios para vidros Glass Vetro lança um desafio ao mercado. Com o acompanhamento da revista Tecnologia & Vidro, a empresa aceita competir com qualquer técnica existente para provar que a utilização de fitas dupla face é o modo mais rápido, prático, seguro e limpo para se colar espelhos e vidros em paredes e outras superfícies.
As três regras que propõe para o desafio são:

- Utilizar as fitas adequadas e na quantidade correta;
- Aplicar as fitas somente nas superfícies indicadas;
- Seguir as orientações de aplicação do fabricante.
O gerente comercial da Glass Vetro, Nelson Libonatti, garante que se o vidraceiro seguir as recomendações básicas não há por que ter medo da peça se desprender da parede, nem no momento da aplicação nem depois de muitos anos. Ele conta que tem conversado com vários vidraceiros que já haviam desistido de usar a fita por alguma experiência negativa e constatado que, em todos os casos, o problema não estava no sistema de colagem, mas sim em algum equívoco cometido na compra ou na utilização das fitas.
Ele explica que até mesmo a prática de se usar silicone ou outro tipo de adesivo pastoso na colagem é uma atitude errada. “Em alguns casos que acompanhamos, o silicone foi aplicado em excesso e sua massa não permitiu que o adesivo da fita aderisse completamente ou, em outros casos, sequer entrasse em contato com a parede por trás do espelho”, diz Nelson.
A reportagem da revista Tecnologia & Vidro acompanhou, na sede da Glass Vetro, a colagem de dois espelhos, ao lado de Nelson e do representante do produtor nacional das fitas comercializadas pela Glass Vetro (denominadas Fixa2), Marcio Jorcovix, que explicaram detalhes e curiosidades sobre a técnica.

Fitas adequadas e na quantidade correta
Em conversa com vidraceiros, Nelson ouviu destes que já havia tentado colar espelhos com marcas de fitas dupla face consagradas no mercado como, por exemplo, 3M e outras, porém, sem sucesso. A explicação é que, embora realmente sejam marcas com qualidade reconhecida, essas e outras fabricantes produzem fitas dupla face para diversas aplicações. O correto seria comprar as fitas em lojas dedicadas exclusivamente ao setor vidreiro, pois nas lojas de ferragens em geral o vendedor poderá oferecer uma fita que não seja adequada a esse tipo de aplicação.
As fitas dupla face são produzidas com espuma ou massa acrílica, sendo que a de espuma não tem resistência mecânica para suportar pesos e descolam facilmente. A de massa acrílica tem melhor performance, maior elasticidade (até 1.000% no caso da fita Fixa2), permitindo maior carga de peso, além da resistência a intempéries e a produtos químicos. A elasticidade não está associada ao desempenho de adesão e sim à segurança.
Outro erro comum é utilizar pouca fita na colagem. No caso acompanhado pela revista, o espelho maior media 1m por 1,5 m. Sabendo-se que a fita Fixa2 (testada na reportagem) é oferecida nas larguras 25 mm e 19 mm, é preciso aplicar as seguintes fórmulas:
– para a fita com 25mm de largura, usar 23 cm lineares por quilo de espelho a ser fixado.
- Para fita com 19 mm de largura, usar 30 cm lineares por quilo.
Para calcular o peso do vidro não é preciso utilizar uma balança. Basta calcular quantos metros quadrados a peça possui (no caso, 1,5 x 1 = 1,5m2), multiplicar o valor obtido pela espessura utilizada (1,5 x 0,4 = 0,6) e multiplicar o resultado por 25 (0,6 x 25 = 15 quilos). Na demonstração utilizamos fita com 25 mm de espessura, portanto (15 x 23 = 345 cm ou 3,45 m). Lembrando que o rolo da Fixa2 possui 20 m de fita cada um.

Aplicação somente nas superfícies indicadas
A fita adesiva pode ser aplicada em alvenaria, azulejos, vidro, metal, madeira envernizada e laminados, mdf envernizado e policarbonato.
No caso de azulejos, a fita deve ser aplicada em tiras menores sobre as superfícies lisas dos azulejos, evitando-se o contato da fita com os rejuntes.
Não pode ser aplicada em concreto cru, tijolos, madeira crua, drywall, paredes excessivamente tortas ou com pintura antiga que não passe no teste de aderência (descrito abaixo). Um outro ponto importante, é não colar a fita sobre ela mesma para corrigir imperfeições de superfícies, ou seja, uma tira de fita em cima da outra. Isso provavelmente irá prejudicar a colagem.

Seguindo as orientações de aplicação
1- Primeiramente, é preciso examinar o substrato parede. No caso, como se tratava de uma parede pintada, fizemos o teste de aderência recomendado pelo fabricante.
2- No teste utiliza-se a fita Silver Tape, da 3M, que possui grande poder de aderência. Fixar bem a fita na parede e arrancá-la em seguida. Se fragmentos de tinta seca saírem aderida à parte adesiva da fita significa que aquela parede não é adequada para se fixar nela a fita adesiva dupla face ou qualquer tipo de cola ou adesivo. No caso, a tinta não irá suportar o peso do espelho e ele vai cair com o tempo. Nestes casos recomenda-se somente a fixação de espelhos leves de no máximo 5 quilos.

3- Após encontrarmos uma parede que passasse no teste foi feita a limpeza da superfície onde seria feita a colagem com álcool 95% e pano limpo.

4- Enquanto se esperava o álcool evaporar da parede foi feita a limpeza (também com pano e álcool) da parte de trás do espelho.

5- Distribuiu-se então o comprimento calculado de fita em pequenas tiras de fora para o meio, sempre no sentido vertical do verso do espelho. Essa posição da fita irá contribuir para que haja o escoamento da umidade pela força da gravidade, evitando que ela fique retida no verso do espelho.

6- Para marcar a correta posição do espelho foi utilizada uma trena laser de prumo e nível Skill, comercializada pela Glass Vetro.

7- O liner é retirado das fitas.

8- O espelho é posicionado no local seguindo-se as indicações da trena laser.

9- Após exercer forte pressão sobre a área onde estão as tiras de fita Fixa2 o espelho permanece no local e já pode ser utilizado, embora somente 20% da capacidade de adesão esteja sendo utilizada. Em uma hora, a capacidade de adesão será de 50% e a cura total da fita Fixa2 se dá em 72 horas.

10- Na colagem de uma peça menor sobre vidro é feito o cálculo e constatada a necessidade de apenas 58 cm de fita de 25 mm.

11- Da mesma forma, é feita a limpeza do vidro e do verso do espelho.

12- O espelho é aplicado sobre o vidro e está pronto para ser usado

13- Segundo a Glass Vetro, o produto é à base de água, portanto não ataca o espelho. Em áreas úmidas como banheiro recomenda-se a fixação do espelho no período da manhã e a utilização do chuveiro no período noturno.